sexta-feira, 28 de maio de 2010

DESTRUCTION DERBY

93! 00:10 13/12/08


Está tudo despencando, tudo explodindo, pressionando, implodindo, estourando. A começar por minha paciência!
Cheguei a conclusão de que tudo: as cidades e as vidas das pessoas tem disso: elas tem um ponto alto, uma boa fase, uma idade/era de ouro, depois tudo finda, se esfumaça e vira cinzas inanimadas sem futuro. Vê-se que na sua infância ou adolescência tu vivenciou uma época muito boa no bairro ou na galera de escola que tudo era festa, tudo virava história engraçada, tudo tinha seu estrelato, seu brilho natural, daí você muda ou fica e as pessoas mudam, ou ainda, todos ficam e todos mudam...pra pior, para uma versão SEM GRAÇA e saudosista.
Com as pessoas, relacionamentos acontece o mesmo. A cidade fica sem graça, as pessoas também ficam sem graça. As aventuras entram em extinção e os relacionamentos se vão. Enfim, é assim. A sorte sorri para você, se aceitar, você fica rico, sobe na carreira, bomba nas festas, consegue o que quer, avista o topo, a vida se desembola. Do contrário, se você deixa passar, perde o fio da meada, “tu te fodeu brother”, sai dos trilhos e sai feio. Descontrolado, ladeira abaixo, não tem freio nem mola. A descida é acelerada e trepidante...eu sei, não tem graça nenhuma, mas é assim.
A boa notícia é que as vezes a sorte volta a nos dar uma chance, e a má notícia é que se você não encontrar os trilhos, a highway, você não corre o risco dela te encontrar.
Engraçado é que não estou afirmando que encontrar os trilhos seja o “walking in the line” careta, certinho e bem educado. Não sei qual é a fórmula, mesmo porque se soubesse não viveria caindo dos trilhos. Eu só sei que há uma certa lógica e cada um tem que encontrar a sua...ou não. Não quero escrever mais sobre isso. Quero expulsar meus demônios plotando-os em palavras num papel. Minha mais conveniente terapia: escrever. Não depende de outra pessoa, como sexo; não carece de dinheiro, como álcool e drogas.
Um dia quem sabe muitos irão ler esses textos, talvez eu esteja morto. Ainda assim, se puder, estarei satisfeito e contente de ver que um dia consegui produzir arte e/ou cultura.


(Humberto L. Brum, Manhuaçu. Texto escrito em 13/12/08)
93,93/93

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