domingo, 23 de maio de 2010

AS PESSOAS NÃO SÃO COMO NÓS LEMBRAMOS QUE SÃO

Na verdade não há uma dificuldade natural nas coisas entre as pessoas. As próprias pessoas por estupidez ou puro orgulho doentio é que tornam as coisas difíceis.
Todas pensam que os encontros casuais deveriam ser como filmes pornôs (assim pensam os homens) ou como soap operas (assim pensam as mulheres). Entretanto na hora do “vamo ver”, no momento de [por em pratica a] plotar a fantasia para a realidade elas não o fazem e ainda repudiam o sonho com as mais cruéis dificuldades e melindres que conseguem rebuscar na parte mais sólida (e paradoxalmente ilusória) da sua educação pela sociedade. Rigidez e Moral são as palavras/idéias policiais mais “espírito de porco” e estraga prazeres que existem.
Depois reclamam da felicidade – ou a falta dela.
Têm nas mãos pérolas preciosas e as jogam na lama com nojo do aspecto trivial e barato que suas mentes paranóicas mascaram as coisas alegres. Sempre assim, o sagrado sendo vulgarizado pelo gado e repudiado por este.
Na outra extremidade da arma está o rejeitado: depressivo e decepcionado por confiar na memória que tinha da pessoa amiga e quebrar a cara com a atitude censora e dissuasiva recebida. Agora entendo Jim Morrison quando ele canta “People Are Strange”.
Mulheres se guardam para o tempo, para as rugas, celulites e estrias; culotes e flacidez se aproveitam do banquete. Mas nunca as mulheres se entregam para os homens, para o prazer, o gozo e a excitação imediata. Quando o prato está sendo devorado por Cronos é que se lembram das oportunidades perdidas e tentam voltar atrás, em vão. Neste momento fazem plásticas e usam cosméticos caros. Umas para recuperar o tempo perdido. Outras apenas para perpetuar sua beleza de museu, aquela intocada, linda, mas apodrecendo por dentro sem perceber.
Aí está a dor do Homem: se põe a mercê, desarmado e esperançoso; envelhece por [decepção], desapontamento, endurece com a pancada e muitos se destroem no processo já [prevendo] visualizando o horizonte de “murros em ponta de faca”. Caem na bebida, nas drogas, recorre a mulheres fáceis (fáceis se você tiver R$ 70,00 no bolso) e buscam outros prazeres para embriagar a mente ávida por êxtase.

...no final só restam frígidas e misóginos, ambos infelizes...


Humberto Lacerda Brum

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