segunda-feira, 12 de novembro de 2007

wannabe a Journalist

Já que estamos falando de desejos e desprendimentos...não não, não vou chatea-los com uma dor de cotovelo, mas nem tão longe disso se encontra minha intranquilidade. Idos atrás existia uma revista mensal sobre música e cultura pop com o nome de []ZERO, quando lia esta revista, meu cérebro repetia hipnoticamente, "eu quero ser jornalista, eu quero fazer isso!", era batata, pousava os olhos na revista e esse mantra ecoava ininterrupdamente, com alguns espasmos de alegria, esperança e empolgação paudurescente. Eu era tão fã que mandei até carta, e foi publicada na última edição, com a capa do Caetano e Gil em épocas de exílio, tá lá, podem conferir. Foi então que a revista entrou em extinção(perdoem-me a rima) e fiquei órfão. Procurei outras, hoje sou freguês da Superinteressante, Rolling Stone, Men's Health e uma ou outra eventual edição da Bizz. Mas nenhuma tem o mesmo punch da Zero, continuo querendo ser jornalista e sinto ainda vontade quando leio essas...mais ainda, sinto a esperança de um dia fazer uma revista como aquela.


O engraçado é que a mesma sensação se repetia com outras revistas, como o exemplo da "Olho de Porco", esta de tão polêmica só teve uma única edição, era Punk!! o negócio, fotos de uso de drogas e sexo explícito eram mostradas, além de vômitos e outras coisas nojentas, foi nas páginas infames da mesma que descobri o Sex Pistols e Aleister Crowley, entre outras sandices.
Anos se passaram, ainda não realizei tal sonho, talvez a realidade me traga outras questões: "o mercado hoje é aberto para o jornalismo?", "vale a pena?", "você consegue trabalhar com cultura e ganhar dinheiro?", "está disposto a só estudar?", "você será foda mesmo?"..."dinheiro ou conhecimento?", "viver a vida hoje ou planejar o amanhã?", "mudar de carreira é certeza de sucesso?"...

Até agora tem sido bom e ruim ao mesmo tempo, mas tempo é coisa que não temos, logo, devemos tomar atitudes mais rapidas e seguir o conselho de Chico Buarque de Holanda: '_Aja duas vezes antes de pensar.' Mas e se essas atitudes forem erroneas, como as que tomamos no passado? Aí fudeu tudo! '_Faça outra e outra escolha.' Até que um dia as escolhas vão se definhando e acabam...aí sim, você olha pra trás e olha para o presente e responde a pergunta: "Fiz a escolha certa?".

Na maioria das vezes a resposta é não. É claro que o parágrafo anterior não foi um conselho, só é o que todos fazem, o jeito que eles ganham o jogo ou se fodem. Mesmo porque, se eu tivesse a resposta para o sucesso da vida ideal não estaria pensando na morte da bezerra e falando besteiras.

...É chegada a hora da decisão...

Nenhum comentário: