Cristianismo
Sistema de crenças provavelmente elaborado por Paulo de Tarso a partir do
poderoso símbolo de um mártir e da filosofia de Platão. Posteriormente
enriquecido com o imaginário pagão dos cultos a Ísis ("Virgem Maria") e
Mitra, que foram incorporados na cristianização do império romano. Foi de
grande utilidade na purificação do decadente império romano e na divulgação
de ideais de compaixão, humildade e obediência necessários ao
estabelecimento tanto do sistema feudal quanto das posteriores monarquias e
sistemas econômicos. A característica principal do culto e a razão de seu
sucesso por quase dois mil anos é a auto-reprodução acelerada dos seguidores
(pregação) aliada com a elasticidade que permitiu que rituais e festas pagãs
- no sentido não-cristão da palavra - fossem incorporadas através de sua
história. Ver Cristo, Igreja.
Cruzadas
Guerra santa praticada pelos cristãos medievais. Lutavam contra o sistema de
crenças concorrente na época, o islã. As cruzadas foram mais grotescas do
que a Segunda Guerra medieval. Alguns cristãos chegaram a praticar
canibalismo.
Demônio
"Espírito" em grego. A qualidade maléfica fica por conta dos cristãos
medievais. O termo original designa tanto espíritos "bons" quanto "maus".
Ver Diabo, Lucifer, Satã.
Dionísio
Deus do vinho e da vegetação primaveril. Os mistérios de Dionísio envolviam
um culto orgástico e extático. Todo inverno Dionísio era despedaçado pelas
mênades, suas adoradoras, o que o liga tanto aos mistérios de Osíris, quanto
aos de Cristo ou Prometeu. Tanto a suprema inocência infantil quanto a
destruidora decadência da orgia são representadas pelo arquétipo. Ver
mênades, Bobo, Cristo, Buda.
Fé
A princípio um dispositivo que elimina a crítica saudável e permite que
"verdades" úteis aos Illuminati sejam marcadas feito ferro em brasa nos
circuitos cerebrais dos macacos pelados. Porém, uma análise mais imparcial
mostra uma perfeita inocência no ato de crer, como acreditar na própria
inexistência da mentira. A prova é tirada quando não existe um objeto (tais
como deuses antropomórficos ou abstratos e poderes mágicos, por exemplo) no
qual se crê. Quando esse objeto a crer-se é definido por alguém, mesmo pelo
crente, não se trata de fé e sim de lavagem cerebral. Ver Fnord.
Illuminati
Abra o olho e você os reconhecerá imediatamente. Historicamente uma
organização secreta dentro da maçonaria, por sua vez já uma organização
secreta. Surgiram na Bavária, no século passado, e alguns dizem que são
responsáveis por coisas como a pirâmide na nota de um dólar e a constituição
norte-americana. Neste livro o conceito é utilizado de forma metafórica na
maioria das vezes. Serve para indicar qualquer grupo considerado responsável
por um ato bom ou mal para com uma pessoa ou outro grupo. O "eles" do
paranóico. A "Grande Irmandade Branca" para místicos e esquizofrênicos.
Xamã
Curandeiro, charlatão, sacerdote. Conhecedor das ervas e dos estados
mentais. Professor, mestre, guru. Aquele que sabe passar Conhecimentos com
Arte. Ver ciberxamã.
Wicca
Bruxaria moderna. Um culto com mais de 50.000 seguidores apenas na América
do Norte. Os wiccans acreditam seguir diretamente a antiga religião précristã
da Europa, embora possa-se traçar a origem de toda estética e dogmas
ainda neste século, com os trabalhos de Aleister Crowley no "Livro das
Sombras" (principal texto wiccan) de Gerard Gardner. A maioria dos wiccans
adora duas divindades principais, o Deus e a Deusa. O deus de chifres dos
wiccans foi incorporado pela religião cristã na figura do Diabo, porém
grande parte dos wiccans não acreditam na interpretação pejorativa que os
cristãos deram a esse deus. Apenas o vêem como um ícone da energia yang.
Buda
Um título que significa "O Iluminado" e foi conferido pela primeira vez ao
fundador do Budismo, Sidarta Gautama, que teria alcançado a iluminação sob
uma figueira. Metáfora oriental mais comum para o super-homem de Nietzsche.
Ver Cristo.
Budismo
Sistema de crenças mais coerente já desenvolvido pelo homem. Procura
eliminar o sofrimento através do Darma e alcançar um estado denominado
Nirvana.
Bobo
Carta zero do Tarô. Representa pureza, inocência. Parsival, Dionísio e Buda
são alguns equivalentes. A grande obra completa. O bebê no ovo. Ver Berro da
Borboleta.
Bode Expiatório
Os judeus costumavam sacrificar um bode para Jeová, e soltar outro pelas
pradarias. O bode sacrificado estava redimido e liberto, o bode solto
carregava todos os pecados do povo sagrado sobre ele. Na idade média o bode
virou o diabo. Tudo aquilo que as pessoas não desejam ter em si, colocam no
bode, sua própria sombra, seu lado animal e pecaminoso. Alguns hereges
perceberam que os papéis judaicos estavam trocados, e o sorriso do
horripilante diabo assolou muitas mentes inquietas durante a noite negra.
Está na cara que o diabo é o bode expiatório, a serpente redentora, o
messias - aquele que morreu na cruz. Ver Cristo, Aleister Crowley, Diabo.
Baphomet
Divindade que se crê os Templários adoravam. Uma forma de cristo, porém
identificada com o Bode do Sabat por Eliphas Lévi, e portanto considerada
"diabólica" por medievos ignorantes.
Apocalipse
Revelação. O último livro da bíblia, onde se descrevem os detalhes do juízo
final. Pode ser interpretado como a profecia do fim do cristianismo. Quem se
baseia nesse sistema de crenças pode entender isso como o "fim do mundo".
Cristo
Título que significa "O ungido" e foi conferido pela primeira vez a Jesus de
Nazaré, para alguns o fundador do cristianismo, para outros apenas o
principal ícone utilizado pelo sistema de crenças. Ver Buda, Messias,
Cristianismo.
Crowley, Aleister
Xamã, alpinista e poeta do início do Séc XX. Crowley (1875-1947) foi um dos
primeiros europeus a entender a doutrina budista, a utilizar a mescalina e a
praticar o sexo religioso. Soube como ninguém utilizar a imagem pública como
um filtro: aos "escolhidos" aparece como o redentor perdido da última
manifestação caduca e burocrática do cristianismo, o protestantismo
vitoriano; aos que leram algo do que escreveu ficam óbvias a grande erudição
e humor negro; aos outros resta apenas a imagem de depravado, drogado e
satanista com que cuidadosamente Crowley alimentada a imprensa marrom de sua
época. Caso haja dúvida sobre o valor moral dessa personalidade - se ele foi
realmente um Santo, ou apenas mais um dos enviados dos Illuminati para nos
confundir - é necessário que se deite a pedra fundamental e indiscutível da
perfeita Lei de Thelema: "Faze o que queres há de ser o todo da lei". Ao
homem que entendeu essa frase absurda não há Crowley, Satã ou Eduardo
Pinheiro que possam lhe fazer algum mal. Resumindo: Menininhos e menininhas,
não tenham medo do titio Crowley. Afinal, para ele cada homem e cada mulher
sempre foram uma estrela. Ver Bode Expiatório.
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